quinta-feira, 14 de julho de 2011

Recaída? Sim. O fim? Claro que não!

Tive uma recaída antes de ontem, o idiotão aqui começou a trabalhar e esqueceu de tomar o remédio da manhã :S Aí, pela noite eu surtei. Um dia antes eu já tinha me comportado de maneira estranha no trabalho, meio "pavio curto" sabe? Aqueles momentos que quando você se dá conta já falou? Ainda bem que foi coisa pouca, acredito eu que foi por ter quebrado a minha rotina, ter acordado cedo, dormido tarde.Voltando ao dia da recaída, devo contar toda a história para que entendam melhor: Minha patroa é minha mãe, trabalho no posto de gasolina dela. Comecei a trabalhar na segunda-feira, na terça fui perguntar sobre meu salário, meus direitos e deveres, coisas de quem está interessado em ter uma relação legal com a empresa e ela me deixou no vácuo. A resposta foi "vai trabalhando que depois eu te falo, só não vai ser menos que um salário mínimo, trabalha um mês e depois eu te dou a resposta", enfim, senti que eu estava sendo enrolado. O problema não era só o fato de eu não saber o quanto vou ganhar, eram meus planos, o chão que eu estava pisando, toda a nova rotina que eu estava construindo em torno do trabalho. O bipolar precisa ter chão, assim, quando ele sofre alguma polarização (como a que eu sofri um dia antes) ele tem para onde voltar, tem um chão pra pisar até que ele respire e retome sua vida sem que precise parar tudo pra isso. Com todo esse tempo de atestado, sem trabalhar eu perdi minha rotina, além disso o remédio abaixa meu nível de desempenho (como a CPU de um computador) e ainda que eu queira não consigo me acelerar muito, fazer muitas coisas ao mesmo tempo, tenho que ir aos poucos, retomar minhas atividades aos poucos e era isso que eu estava tentando no posto da minha mãe. Enfim, tocando no assunto ela aproveitou e começou a jogar algumas "cositas" na minha cara, na junção dos problemas psicológicos, psiquiátricos, da nova rotina que eu já estava prestes a quebrar, da falta do remédio... BOOOOOOM! Eu surtei, lancei com muita força um copo no chão, chutei e dei socos várias vezes na parede, gritei muito com a minha mãe, etc, etc, etc. Um surto. Antes de dormir, naquele dia, eu chorei muito com pena da minha mãe. Não entendi, um arrependimento muito grande de ter feito tudo aquilo. Ontem eu acordei um lixo, não fui pra terapia, não iria mais me tratar, não quis tomar o remédio da manhã, fiquei trancado no quarto até umas 15hrs. Comi, queria mas não tinha forças para me recompor. Fumei (um vício que deixei há alguns meses), pensei em suicídio, enfim. O que melhorou toda a situação foi o Má ter chego a noite e me dado uma dura, um chacoalhão. O chacoalhão que eu precisava, que mudou minha situação. Estou bem agora, graças à Deus, minha terapeuta me ligou pois o Má cuidou de tudo pra que eu fizessea terapia amanhã. Agora começo a minha jornada pra tentar retomar minha vida, melhorá-la, ter saúde psicológica. Obrigado à todos que estão acompanhando.

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